As infecções nosocomiais estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade em unidades de terapia intensiva neonatal. A prevenção de infecções associadas aos cuidados de saúde baseia-se em estratégias que visam limitar a suscetibilidade a infecções, reforçando as defesas do hospedeiro, interrompendo a transmissão de organismos pelos profissionais de saúde e promovendo o uso judicioso de antimicrobianos. Estratégias para a prevenção de infecções nosocomiais incluem práticas de higiene das mãos, prevenção de infecções da corrente sanguínea relacionadas ao venoso central, uso criterioso de antimicrobianos para terapia, aumento das defesas do hospedeiro, cuidados com a pele e nutrição enteral precoce com leite humano. As principais preocupações sobre o uso de clorexidina alcoólica são para o alto risco de queimaduras na pele em bebês extremamente prematuros durante os primeiros dias de vida, quando a pele é fina e não totalmente ceratinada. A clorexidina aquosa pode ser menos irritante quando usada em bebês com muito baixo peso e, portanto, pode representar uma boa opção. Um recente estudo prospectivo de pacientes adultos mostrou eficácia semelhante de soluções alcoólicas e aquosas de clorexidina. Entretanto, até o momento nenhum estudo avaliou se a formulação aquosa é menos prejudicial e tão eficaz quanto a formulação alcoólica em neonatos. A falta de evidências para pacientes neonatais leva à necessidade urgente de grandes ensaios controlados randomizados comparando a eficácia e a segurança de diferentes desinfetantes da pele antes da colocação do CVC em recém-nascidos e particularmente em recém-nascidos de muito baixo peso. As infecções nosocomiais ainda são dos problemas mais sérios para a unidade de terapia intensiva neonatal. Portanto, todo esforço deve ser implementado para reduzir a incidência dessas infecções, pois pode não ser aceitável para um local de abrigo e cuidados como o hospital pode ser uma fonte de doença.