As infecções hospitalares são as principais complicações na prática cirúrgica e, dentre estas, as infecções de sítio cirúrgico são as mais freqüentes. Apesar dessas infecções poderem se manifestar após a alta, no Brasil, a maioria dos serviços não faz vigilância pós-alta. Para avaliar a importância dessa vigilância e o perfil das infecções em crianças e adolescentes, acompanhou-se 730 pacientes cirúrgicos de um hospital universitário de BH, MG, Brasil de 1999 a 2001. Foram diagnosticadas 87 infecções de sítio cirúrgico sendo 37% após a alta hospitalar. A taxa incidência de infecções de sítio cirúrgico foi de 11,9%; mas seria apenas de 7,5% sem o controle pós-alta. O estudo indica que a vigilância pós-alta é importante para se conhecer areal incidência das infecções de sítio cirúrgico.